Foto: Flavio Pereira/Portal Meon |
O Prefeito de Cruzeiro Rafic
Zake Simão (foto ao lado), em reunião com o secretariado municipal, apresentou a difícil
situação financeira vivida pela cidade atualmente. O rombo nos cofres públicos,
acumulados de várias gestões e muitas vezes por ingerência dos administradores,
chega hoje a aproximadamente R$90 milhões.
Para o chefe do executivo o
maior desafio para continuar administrando a cidade é enfrentar esses números
que se acumulam ao longo dos anos. “Estamos enfrentando uma situação complicada
em Cruzeiro, com dívidas acumuladas que chegam a um montante que compromete
quase que todo orçamento anual da cidade”, explicou.
Pela primeira vez na
história de Cruzeiro um administrador levou ao conhecimento de toda a situação
financeira enfrentada na cidade, divulgando todas as dividas contraídas pela
prefeitura. “A única maneira de encontrar apoio, dentro e fora da prefeitura é
ser o mais transparente possível e não esconder o que estamos passando”, disse
Simão.
Somente com fornecedores a
prefeitura de Cruzeiro atualmente tem uma dívida de R$7,2 milhões. Além desse
débito, a despesa com a EDP Bandeirante chega R$11,6 milhões. Esta última,
parcelada ao longo dos anos e dessa vez sendo quitada pela administração.
“Temos o compromisso de honrar nossas dividas, como no caso da Bandeirante, que
precisa ser paga caso contrário teremos o fornecimento cortado, como aconteceu
em momentos passados”, explicou.
Com os fornecedores Rafic
deixou claro que a prefeitura atualmente tem o dever de cumprir o pagamento,
independente dos gastos das administrações passadas. “Conseguimos um decreto
que nos permite parcelar em até 15 vezes a divida com nossos fornecedores,
referentes ao ano de 2013 e inicio de 2014” , disse ele.
Atualmente a prefeitura tem
uma arrecadação mensal de tesouro de aproximadamente R$6,4 milhões. Entretanto
o gasto com despesa fixa chega a R$6,33 milhões. Só com a folha de pagamento o
Executivo gasta R$5,6 milhões.
Dentre os problemas
enfrentados para fechar a folha estão às horas extras, que somadas até junho desse
ano chegam a R$1,58 milhão. “Por isso queríamos a aprovação do projeto que
regulariza a carga horaria do funcionário. Assim estaríamos liquidando dois
problemas: a questão dos gastos com hora extras e também o cumprimento do
edital, já que muitos funcionários foram contratados para trabalhar 8 horas por
dia”, contou.
Apesar de toda crise
encontrada, o prefeito Rafic Zake Simão acredita que com uma administração
séria, sem exageros e contendo gastos, pode-se conseguir colocar as finanças em ordem. Mesmo com
todas essas dificuldades ele garantiu que em algumas áreas o investimento feito
vai além daquilo que é estipulado constitucionalmente, como no caso da saúde.
“O município por Lei é obrigado a investir 15% do orçamento na saúde, mas em
Cruzeiro estamos ultrapassando os 31% em investimentos, mostrando a nossa
preocupação com essa área e com a qualidade de vida dos munícipes”, finalizou.
Assessoria de Imprensa/Prefeitura
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