terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Cruzeiro tem quase duas mil ligações clandestinas de água

Um levantamento realizado pela autarquia Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e Câmara de Cruzeiro, a partir de relatórios e visitas técnicas, apontou que a cidade possui aproximadamente dois mil pontos clandestinos de abastecimento de água. Outro problema é o descarte do esgoto, que também é feito de forma irregular. Um projeto de lei foi apresentado pelo Legislativo para regularizar a situação.

A análise apontou uma diferença entre o número de imóveis e a quantidade de ligações cadastradas no Saae, que era inferior. Diversos imóveis da cidade, que estão construídos em locais irregulares, possuem ligações clandestinas para garantir o abastecimento, o que representa um prejuízo à autarquia, que não tem como cobrar pelos serviços.

Uma das preocupações é com a qualidade no abastecimento. Sem o controle, a empresa responsável não tem meio de certificar como a água chega às torneiras das residências. Os apontamentos mostram ainda que a maior parte dos moradores que não possui abastecimento regular também não está ligada à rede de esgoto.
Segundo o vereador Marco Aurélio Siqueira da Rocha (PR), autor do projeto que quer regularizar as ligações, os dejetos são jogados nas ruas, quintais e fossas não regularizadas, favorecendo contato com os resíduos contaminados. “Vi crianças de um ano brincando nas sujeiras do esgoto de Cruzeiro. Isso é uma situação crítica”, afirmou o vereador no plenário.

O projeto foi aprovado por 8 votos favoráveis contra 1 no último dia 9. Segundo o parlamentar, apenas os imóveis já construídos poderão regularizar a situação. O prazo para adequação é de 120 dias a partir da data da sanção do prefeito.

O vereador completou que é de interesse do Saae sanar o problema, que colaboraria para o aumento da base de clientes, e consequentemente, maior capitação de receitas para investimentos.
Com base no Plano Municipal de Saneamento das cidades da região, realizado em 2012, Cruzeiro lidera o ranking de desperdício. 66,4% da água é perdida no trajeto até as residências.

No ano passado, o município viveu um racionamento com a diminuição da vazão do Rio Batedor, principal fonte do abastecimento da cidade. A Prefeitura chegou a aplicar rodízio de bairros e multa para quem fosse pego desperdiçando água.

Allan Torquato/Jornal Atos

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